quarta-feira, 20 de julho de 2011

Radionovelas


A primeira radionovela transmitida no Brasil aconteceu em 1º de junho de 1941, do cubano Leandro Blanco, adaptada por Gilberto Martins: “Em Busca da Felicidade”, que durou quase três anos, que ia ao ar nas manhãs de segunda, quarta e sexta. A novela foi veiculada no rádio para alavancar as vendas do creme dental Colgate-Palmolive da indústria americana. O público ouvinte a acompanhou pela PRE-8 Rádio Nacional do RJ.
"Em Busca da Felicidade"

Pela mesma emissora, a famosa radionovela chamada “O Direito de Nascer” teve autoria de outro cubano, Felix Caignet, traduzida e adaptada por Eurico Silva. Foi a radionovela de maior audiência que mudou a rotina carioca. Naquele horário os cinemas, teatros e outros lugares ficavam vazios para ouvir a novela.
Elenco de "O Direito de Nascer"

As novelas da Rádio Nacional caracterizavam-se sempre pela boa qualidade, não admitindo textos negativos, destrutivos ou indignos. Também não era permitido que o vocábulo amante aparecesse.
No mesmo ano, a PRA-5 Rádio São Paulo lançou “Fatalidade”, a primeira radionovela escrita por autor brasileiro, o jornalista e teatrólogo Oduvaldo Viana. Este escreveu mais de cem radionovelas.
No RS o grande nome do radioteatro foi Túlio Amaral, que entre outras escreveu “Acusação Injusta”, para o grande Teatro Farroupilha, da PRH-2 Rádio Sociedade Farroupilha de Porto Alegre.
Depoimento da são-marquense Acely Antônia Rizzon Toss, 76 Anos
“Lembro-me na época em que o rádio transmitia novelas, eu escutava 12 por dia na Rádio Nacional do RJ, na Tamoio do RJ, na Tupi de SP e na Farroupilha de Porto Alegre. Na Rádio Nacional eram famosas na época as novelas: ‘O Direito de Nascer’, ‘As Aventuras de Jerônimo’, ‘Raquel e os Dois Anjinhos’, ‘Neblina’, ‘Os Deuses Também Choram’, ‘Redenção’.Na Rádio Tamoio, às 18 horas, todos paravam para ouvir o locutor Júlio Lousada rezar a ‘Ave Maria’ e ‘Pausa para a Meditação’, onde lia carta de ouvintes aconselhando-os; à noite o programa famoso era o do Coli Filho chamado ‘Salão Grená’ onde eram lidas poesias seguidas de um tango ou de um bolero.Na Rádio Farroupilha, a novela de sucesso era ‘A Pequenina Cruz do Teu Rosário’, sendo que o locutor mais famoso era Ari Rego. A Rádio Nacional teve como locutor mais famoso César Ladeira que lia crônicas e fazia comentários bastante críticos, seu programa ia ao ar depois do Repórter Esso”.
Atores conhecidos que se destacaram pelas radionovelas: Paulo Gracindo, Eva Vilma, Carlos Zara, Mario Lago, Valter Foster, Tônia Carrero, Otávio Gabus Mendes, Anselmo Duarte, Oduvaldo Viana, Procópio Ferreira, Mara Rúbia, EtyFrazer, ZilkaSalaberry e Tony Ramos em início de carreira na novela “Antônio Maria”.
Cantores que se destacaram nos programas de Manoel Barcelos e César de Alencar: Linda e Dercy Batista, Emilinha Borba e Marlene, Aracy Monteiro, Aracy de Almeida, Inezita Barroso, Dalva de Oliveira, Ângela Maria, Cauby Peixoto, Orlando Silva, Erivelton Martins, Vicente Celestino e sua mulher escritora chamada Gilda de Abreu, Noel Rosa, Ari Barroso, Hebe Camargo e Bibi Ferreira.

Repórter Esso

“O PRIMEIRO A DAR AS ÚLTIMAS”
“TESTEMUNHA OCULAR DA HISTÓRIA”

O mais importante noticioso do rádio brasileiro foi o “Repórter Esso”, personificado pelas vozes de Heron Domingues, Roberto Figueiredo, Saint-Clair Lopes, Casimiro Pinto Neves, Dalmácio Jordão, Kalil Filho, Rui Figueira, Lauro Haggemann e Contijo Teodoro.

A primeira transmissão do Repórter Esso ocorreu em 1941, pela PRE-8 Rádio Nacional do RJ, na voz de Romeu Fernandes. Em SP, o Repórter Esso era transmitido pela Rádio Record PRB-9, que teve Artur Piccinini como seu primeiro locutor. O programa tinha exatos 5 minutos de duração e se caracterizou, inicialmente, como um serviço de informações internacionais da Segunda Guerra Mundial.

1944 – Houve um concurso para escolher a voz padrão do Repórter Esso, tendo como vencedor o gaúcho Antônio Salgado, que não estreou pela oposição de sua família. Em seu lugar foi convocado outro gaúcho, Heron Domingues. Sua estreia foi realizada no dia 3 de novembro permanecendo até 1962, 30 anos informando seu público. As notícias começaram a tomar forma no radiojornalismo através do programa Repórter Esso.
Heron Domingues

1945 – Heron estava tão obcecado em ser o primeiro a transmitir as notícias da Segunda Guerra Mundial que passou a residir nas dependências da Rádio Nacional PRE-8. Acampou no interior do estúdio aguardando o telegrama que diria ter chegado ao fim da grande guerra. Fez mais: gravou a notícia em fita magnética e mantinha o tape consigo esperando o momento exato para divulgá-lo. Passaram-se duas semanas e o telegrama permanecia ausente. Seu companheiro de trabalho o convenceu repousar em sua casa já que tudo estava calmo, e se necessário, havia o recurso da gravação. Meio a contragosto, Heron aceitou. E exatamente quando o mais acreditado radiofônico do país encontrava-se fora de seu posto, eis que chega a notícia: terminou a guerra.O reboliço foi tão grande que a equipe levou algum tempo para localizar a gravação de Heron.

Permaneceu 18 anos como Repórter Esso, até 1962, quando o locutor Roberto Figueiredo o substituiu. A presença de Heron Domingues agregou credibilidade ao noticioso, porque ele deu unidade e ênfase, timbre e a pontuação respiratória ao noticiário que o Esso veiculava. Junto com o Manual os locutores recebiam uma fita-modelo, elaborada por Heron Domingues, contendo orientações básicas,salientando-se a entonação, a postura ,o ritmo e o entusiasmo ao ler uma notícia.

O Repórter Esso não foi uma exclusividade brasileira. Desde 1935 já existia nos EUA, ao todo, 15 países do continente americano e 60 emissoras transmitiram o Repórter Esso.

Com o fim da Segunda Guerra,se encerra a primeira fase do Repórter Esso, pois o noticiário havia cumprido com os objetivos determinados originalmente como parte da Política da Boa Vizinhança, isto é, o de apoiar os aliados durante o conflito, pois ele surgiu exatamente com essa preocupação: a de defender as posições dos Aliados e a de vender a imagem de que tudo o que era americano era melhor, inclusive a filosofia capitalista dos EUA.
No dia 31 de dezembro de 1968, na voz de Roberto Figueiredo, o último locutor do Repórter Esso, numa situação inusitada e extremamente emocionado chora ao microfone narrando os principais fatos do período em que se manteve no ar.
Coube ao Repórter Esso uma missão importante também na área profissional, pois, sem dúvida, foi através dele que houve interesse pelo jornalismo, em especial pelo rádio.O Repórter Esso cumpriu sua missão num momento histórico decisivo, em que os programas radiofônicos e televisivos foram utilizados como arma de guerra pelos governantes. Por isso, permanece como objeto importante para o estudo da comunicação e da História, espelhando as características do seu tempo.

Locutor Orson Welles, 1938, EUA


A notícia de que marcianos haviam chegado à Terra e estavam em Nova Jersey foi transmitida com imenso realismo pela Rádio CBS ( Columbia Broadcasting System). Com uma voz grave, marcante, clara e convincente o locutor Orson Welles anunciava: “Atenção senhoras e senhores ouvintes... Os marcianos estão invadindo a Terra... Estão invadindo os Estados Unidos da América...”.

Após o anúncio desencadeou-se um pânico coletivo naquele país, provocando fugas, desmaios, juras de amor, arrependimentos, enfartos, suicídios e desconsertos que uma catástrofe dessa ordem provocaria.
Os EUA viveram momentos trágicos originados dos microfones da CBS na dramatização de “A Guerra dos Mundos”, a qual disputava audiência com a NBC. A extensão da tragédia foi tão grande que obrigou a CBS a retirar do ar aquelas transmissões, antes mesmo do seu final.

A seguir, Orson Welles fechou um contrato milionário com Hollywood para fazer dois filmes, com total liberdade para produzir, escrever os roteiros, dirigir e atuar.

Colaboradores da História Radiofônica

Roquette-Pinto
Considerado o pai da radiofonia no Brasil, Edgard Roquette-Pinto era professor, antropólogo, etnólogo, médico, poeta e compositor. Fundou em 1923, a Sociedade Rádio do Rio de Janeiro PRA-2. Em 1927, a PRD-5 Rádio Escola Municipal da Prefeitura do RJ, posteriormente Rádio Roquette-Pinto.

Assis Chateaubriand
Dono de um império jornalístico. Iniciou sua carreira jornalística escrevendo para a "Gazeta do Norte", o "Jornal Pequeno" e o "Diário de Pernambuco”. Agia social e empresarialmente com uma ética própria: chantageou empresas, publicou poesias de anunciantes e irritou inimigos. Apesar disso, teve relações cordiais (e interesseiras) com pessoas influentes, até mesmo com Getúlio Vargas. Com o tempo, Chateaubriand foi dando menos importância aos jornais e voltando sua atenção para o rádio e a televisão, sempre investindo em novas tecnologias. Na década de 1960, porém, o maior império das telecomunicações no país estava endividado. Chateaubriand sofreu uma trombose que o deixou paralisado e o fez comunicar-se através de uma máquina de escrever adaptada. Morreu em 1968.

Victor Costa
Victor Costa Petraglia Geraldini era "ponto"de teatro. Depois passou para o rádio, foi radioator e em seguida diretor de novelas, na famosa Rádio Nacional do Rio de Janeiro, a única que era ouvida em todo o país. Sua garra e sua inteligência o alçaram, então, ao topo da emissora. E ele passou à Direção Geral. A Organização Victor Costa foi asegunda rede de comunicações do país, depois apenas das Emissoras e Diários Associados, de Assis Chateaubriand.

César Ladeira
César Rocha Brito Lacerda era locutor e produtor de rádio. Estreou como locutor na Rádio Record. Em 1933 chegava ao RJ para assinar contrato com a Rádio Mayrink Veiga como locutor e diretor artístico. Deu novo ritmo à programação da emissora, dividindo-a em horários definidos e especializados. Despertou o gosto dos ouvintes pela crônica, o editorial e o comentário difundiram programas literário-musicais de fim de noite, estimulando a cultura e colocando a Mayrink Veiga na preferência dos ouvintes. Em 1948 transferiu-se para a Rádio Nacional.Participou ainda de alguns filmes brasileiros.

Ginástica pelo Rádio

O professor que ensinava ginástica pelo rádio era o idealista e abnegado professor Oswaldo Diniz Magalhães. A popularização do rádio, em 1932, e a “carência de recursos técnicos e pedagógicos para difusão educativa” levaram o Professor Diniz a criar o primeiro - talvez no mundo - programa de “radioginasta”, a “Hora da Ginástica”. Manteve-se no ar durante 51 anos. Às 6 horas da manhã ele acordava os seus alunos com um “Bom dia, radioginastas”, uma voz suave, calma, incentivadora e otimista. Ele não ministrava apenas aulas de ginástica, mas também lições de cidadania e boa conduta aos seus fiéis ouvintes. Ao som de seu piano estimulava os ouvintes: 1, 2, 1, 2, 1, 2 e iniciava seus exercícios.

História do Rádio

1864 – O físico escocês James Clerk Maxwell lançou a teoria de que uma onda luminosa podia ser considerada como uma perturbação eletromagnética que se propagava no espaço vazio atraída pelo éter.

1887 –Henrich Rudolf Hertz construiu um aparelho que gerava as “ondas hertzianas”.

1895 – O italiano Guglielmo Marconi vendo a experiência de Hertz pensou em transmitir sinais a distância. Descobriu o princípio do funcionamento da antena que enviaria sinais pelo espaço.

1896 – Marconi enviou mensagens da Inglaterra à França, em código Morse.

1899 – Marconi enviou os três sinais do telégrafo “SOS” realizando a primeira transmissão. Provou transmitir sinais pelo telégrafo sem fio. Estava concebida a radiotelegrafia.

1901 – Um dos marcos da radiotelegrafia foi a transmissão de uma regata realizada no Canal da Mancha, em que as notícias iam sendo redigidas e enviadas em código Morse sendo captadas pela estação receptora, instalada em Kingston, transmitindo por telefone para a redação do jornal, em Dublin.

1903 – Marconi conseguiu enviar uma mensagem ao outro lado do oceano.

1906 – Reginald AubreyFessenden construiu e dispôs um microfone que transmitia sua voz pelo espaço. A primeira transmissão comprovada e eficiente ocorreu na noite de 24 de dezembro de 1906. Usando um alternador desenvolvido pelo sueco Ernest Alexanderson, o canadense Fessenden transmitiu o som de um violino, de trechos da bíblia e de uma gravação fonográfica a partir de Massachusetts e que foram ouvidas em diversos navios na costa norte-americana.

1907 – Estabeleceu-se um serviço telegráfico entre EUA e a Inglaterra.

1908 – Físicos do mundo todo resolveram reterem-se neste experimento e aperfeiçoá-lo.

Embora o senso comum atribua a invenção do rádio ao italiano Guglielmo Marconi, pode-se afirmar que a radiodifusão sonora constitui-se no resultado do trabalho de vários pesquisadores em diversos países ao longo do tempo, representando o esforço do ser humano para atender a uma necessidade histórica, ou seja: a transmissão de mensagens à distância sem o contato pessoal entre o emissor e o receptor, origem dos serviços de correio e dos primitivos sistemas de comunicação por sinais. Embora Marconi tivesse patenteado seus inventos primeiro, o padre Landell de Moura leva o mérito de ser o grande inventor do rádio, já que seus experimentos tiveram resultado três anos antes de Marconi.

Padre Roberto Landell de Moura
1892 – Primeiras experiências da radiodifusão no Brasil.

1894 – Repetiu as experiências e fez suas demonstrações em SP numa distância aproximada de 8 km em linha reta.

O público não aceitava e não concordava com suas teorias. O padre foi considerado praticante do espiritismo, candomblé ou bruxaria. Teve seus inventos destruídos por vândalos, que na Idade Média, procuravam feiticeiros. Iniciou novamente suas experiências e reconstruiu seus aparelhos, em Nova York. Depois de patentear suas obras doou tudo para o governo brasileiro. Por estar muito doente, faleceu anonimamente, em 1928, com 67 anos de idade.

Radiodifusão
1921 - Frank Conrad, em Pittsburgh, Pensilvânia, nos Estados Unidos, começou a transmitir como passatempo, notícias lidas nos jornais e a executar por meio de transmissor construído por ele mesmo nas horas de folga.

Conquistou radioamadores que solicitavam suas músicas favoritas. A partir daí iniciou a venda de receptores.

A direção da Westinghouse, onde Frank trabalhava, após compreender a importância do invento, implantou a KDK-A, que transmitiu as eleições presidenciais norte-americanas daquele ano. Foi o inicio do rádio como meio de comunicação de massa.

Nas primeiras décadas de 1920 dissemina-se no mundo uma clara divisão entre os três ramos da comunicação que estavam se consolidando que eram: Radiotelegrafia, Radiotelefonia e Radiodifusão.

Radiodifusão no Brasil
A radiodifusão só foi “descoberta” pelos brasileiros em 1922. A primeira demonstração pública de radiodifusão sonora aconteceu no dia 7 de Setembro deste mesmo ano durante a Exposição Internacional do Rio de Janeiro. O público presente à inauguração do evento escutou as transmissões por meio de alto-falantes.

As primeiras emissões regulares em nosso país datam 1923, sendo que a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro foi a primeira emissora regular do Brasil, fundada em 20 de abril do respectivo ano, liberada por Roquette-Pinto e Morize. Começava efetivamente a trajetória da radiodifusão sonora no país.

O idealismo dos pioneiros do rádio cunha para a primeira emissora do país o slogan “TRABALHAR PELA CULTURA DOS QUE VIVEM EM NOSSA TERRA E PELO PROGRESSO DO BRASIL”. Com base nesses parâmetros Roquette-Pinto definia o novo veiculo de comunicação: “o rádio é o jornal de quem não sabe ler; é o mestre de quem não pode ir à escola; é o divertimento gratuito do pobre; e o animador de novas esperanças; o consolador do enfermo; o guia dos sãos, desde que o realizem com o espírito altruísta e elevado”.

Na primeira metade dos anos 20 o Brasil ainda não havia despertado para as potencialidades de lucro do rádio a partir de uma programação financiada pela venda de espaço publicitário. Esta nova consciência das possibilidades lucrativas do veículo tem suas origens na Radio Clube do Brasil fundada em 1924 por um dos técnicos que auxiliara na estruturação da Rádio Sociedade. A emissora foi a primeira do país a obter autorização para transmitir publicidade.

Em meados dos anos 30 surge a 1ª rede brasileira de emissoras, a Rede Verde-Amarela dos Byington que realiza a 1ª cobertura esportiva de um Campeonato Mundial de Futebol, na França, em 1938.

O rádio exibiu uma particularidade que até então não existia: marcar o tempo das tarefas cotidianas. As notícias em média 13 eram então selecionadas, colocadas em ordem, adaptadas à linguagem radiofônica e redigidas conforme as regras do MANUAL.


Consta no Manual que o redator deve se preocupar com o som das palavras deve escrever seu trabalho em voz alta, usar uma linguagem simples e coloquial, redigir as notícias de forma tão clara que possa entendê-las quem esteja prestando somente uma atenção distraída.As frases deviam ter entre 30 e 40 palavras, no máximo, e cada notícia não deveria durar mais de 14 ou 15 segundos. Em resumo, o Manual exigia redação sintética, sem adjetivos e comentários, evitando notícias longas.

As notícias dos anos 40 apresentaram como características o conflito mundial, a Segunda Guerra, no Pós-Guerra, na luta Capitalismo x Comunismo e o posicionamento dos países em relação à política Internacional. Nos anos 50 a palavra mais falada e ouvida é Modernização com o fim da ditadura do Estado Novo e da censura, o PIS se revitaliza, o jornalismo marca a sua contribuição histórica.

Emissoras implantadas no RS na década de 30:
07/09/1933 – Sociedade Difusora Rádio Cultura – PRH-4 em Pelotas.
27/10/1934 – Rádio Difusora Porto Alegrense – PRF-9 em Porto Alegre.
24/07/1935 – Rádio Farroupilha de Porto Alegre – PRH-2 em Porto Alegre.
Foram 52 emissoras implantadas no Brasil nesta época.

Vozes
Entre as vozes majestosas de locutores nacionais de 1923 até hoje, podemos citar Cid Moreira.


Alguns dos ídolos populares: “Os Cantores do Rádio”
 Cauby Peixoto
 Agnaldo Rayol
Dorival Caymmi
 Jackson do Pandeiro
 Luiz Gonzaga
 Moacyr Franco
 Teixeirinha

Algumas das “Rainhas do Rádio”
 Ângela Maria
 Carmen Miranda
 Dalva de Oliveira
 Elis Regina
 Emilinha Borba
 Hebe Camargo
 Maysa


As primeiras eleitas Rainhas do Rádio foram as irmãs Linda e Dircinha Batista, em 1936.

Programas de Auditório
Esses programas criaram ídolos, cuja imagem era reforçada pela presença nas chanchadas, principal produto de cinema da época, e por apresentações nas grandes casas de espetáculos, a maioria cassinos, até que o jogo foi proibido pelo presidente Eurico Gaspar Dutra.
Os programas de auditório eram um mistura de programa radiofônico, show musical, espetáculo de teatro, variedades, circo e sorteios.
Celso Guimarães, na Rádio Cruzeiro do Sul de SP, criou espaço para apresentação de novos talentos, então surge o programa “Calouros em Desfile ou Calouros do Ari” apresentado por Ari Barroso, que além de músico era narrador esportivo, mas ficou famoso como apresentador na Rádio Nacional.
Ari Barroso
Em 1945, Paulo Gracindo apresentava um programa de músicas carnavalescas na Nacional e que foi substituído por César Alencar que apresentava o programa “Quatro Ases e Um Coringa” onde surgiu no rádio a primeira vinheta cantada.
Em 1931, surge o humor radiofônico, na Rádio Sociedade do Rio de Janeiro com um programet de cinco minutos chamado “Manezinho e Quintanilha”. Ao longo dos anos 30 surgem duplas caipiras humorísticas como Alvarenga e Ranchinho ou Jararaca e Ratinho. Estes programas se popularizam na década de 40, talvez os principais tenham sido “PRK-30”, “Edifício Balança Mas Não Cai”, “Tancredo e Trancado” e “Piadas do Manduca”.